Não se sabe se líder líbio está no local; seu filho foi preso por rebeldes, que já têm controle sobre mais de 70% de Trípoli.

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Combates violentos explodiram nesta segunda-feira em Trípoli em volta do
quartel-general do líder líbio Muamar Kadafi, horas após rebeldes terem assumido
o controle da maior parte da capital.
Não havia informações sobre se Kadafi estava no local, ou sobre qual seria
seu paradeiro.
No começo da manhã (horário local), tanques saíram do QG de Kadafi, conhecido
como Bab al-Azizia, e começaram a disparar, segundo um porta-voz dos rebeldes.
Há intensa troca de tiros na área.
Os rebeldes encontraram pouca resistência à medida que avançavam pela cidade,
assumindo rapidamente o controle de leste, sul e oeste da capital.
Um porta-voz dos rebeldes disse, entretanto, que forças pró-Kadafi ainda
controlam de 15% a 20% de Trípoli.
Ao longo da noite, multidões celebraram o avanço rebelde na Praca Verde
(antiga Praça dos Mártires), palco, horas antes, de manifestações a favor do
líder líbio.
Os rebeldes começaram a entrar em Trípoli na noite de sábado e intensificaram
os ataques durante o domingo. O confronto em diversas áreas da cidade deixou
centenas de mortos.
O porta-voz do regime de Kadafi, Moussa Ibrahim, disse que 1.300 pessoas
foram mortas na cidade nas últimas 24 horas. O número não pode ser confirmado de
forma independente.
Havia pontos de conflito em vários bairros, um deles no entorno do hotel que
hospeda a imprensa internacional. Segundo o correspondente da BBC em Trípoli,
Matthew Price, o local ainda estava sob poder do governo, mas rebeldes tentavam
assumir o controle.
Filhos de Khadafi
O Tribunal Penal
Internacional (TPI) confirmou que um dos filhos de Kadafi, Saif al-Islam, foi
capturado na capital. Ele era considerado o sucessor do pai no governo líbio.
Os rebeldes afirmam ainda que um outro filho de Kadafi - Mohammed - teria se
rendido, assim como a guarda pessoal do líder líbio, mas a informação não pode
ser confirmada por fontes oficiais.
No início da madrugada, o canal de TV oficial do país foi tirado do ar, e a
transmissão também foi interrompida na rede Al-Libiya, que pertence a Saif
al-Islam.
Segundo moradores, os sinais foram interrompidos por grupos anti-Kadafi. Há
também muitos relatos de pessoas em Trípoli que estão conseguindo entrar na
internet, cujo acesso havia sido cortado no início do conflito, há seis meses.
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