Um grupo de pesquisadores descobriu o que acontece
com o cérebro feminino durante o prazer

O psicólogo americano Barry Komisaruk, contrariando Sigmund Freud, conseguiu
entender o que se passa na cabeça das mulheres – pelo menos no momento do
orgasmo. O pesquisador da Universidade Rutgers recrutou 11 mulheres – bastante
desinibidas, diga-se de passagem – para que elas se estimulassem sexualmente
(uma de cada vez) dentro de um aparelho de ressonância magnética.
Komisaruk e sua equipe registraram quais áreas do cérebro eram ativadas
quando as mulheres tocavam a vagina, o clitóris e o colo do útero, com os dedos
ou brinquedos sexuais. As voluntárias, que tinham entre 23 e 56 anos, ganharam
US$ 100 para participar das sessões da pesquisa, que duravam entre uma e duas
horas. As imagens do funcionamento do cérebro das mulheres foram publicadas no
final do mês passado no jornal da Sociedade Internacional de Medicina Sexual.
Ganharam o apelido de “mapa do prazer feminino”.
Antes que leitores do sexo masculino se entusiasmem, é preciso avisar que as
descobertas de Komisaruk não se traduzem em sugestões para satisfazer as
parceiras. Mas dão pistas sobre onde começar. Os estímulos na vagina e no
clitóris acionam áreas diferentes do cérebro, o que provaria que os orgasmos
ligados a essas duas regiões não são iguais. “Ao contrário do que dizem muitos
sexólogos – que o clitóris é responsável pela maior parte do prazer feminino –,
os estímulos vaginais também produzem ativações fortes no cérebro”, disse
Komisaruk a ÉPOCA.
A conclusão mais interessante do estudo é sobre a sensibilidade dos mamilos,
uma área frequentemente menosprezada por homens que vão direto ao ponto sul, e
não ao norte. Os pesquisadores descobriram que estimulá-los ativa as mesmas
zonas cerebrais ativadas pelo toque na região genital, embora com intensidade
menor. Isso explicaria por que algumas mulheres, segundo relatos colhidos pelos
cientistas, podem ter orgasmos pela estimulação do mamilo (#ficaadica).

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