Motivo seria o embargo de eventos organizados pelo grupo em São Gonçalo
Marcelo Bastos
Reprodução / Rede Record

Juíza foi assassinada com 21 tiros na
madrugada do dia 12 de agosto
Única a julgar casos de homicídio em São Gonçalo, na região metropolitana do
Rio, a juíza Patrícia Acioli, morta com 21 tiros em Niterói no último dia 12,
incomodava todos os tipos de criminosos: de milícias a grupos de extermínio,
passando por máfia de vans, de jogo do bicho e traficantes de drogas.
O processo administrativo nº 2008-231986, do dia 6 de agosto de 2008, revela
que supostos traficantes de drogas sintéticas, responsáveis pela organização de
festas rave em São Gonçalo planejavam “alguma ação criminosa” contra a juíza. A
informação consta do documento nº 1794.8.2008 do Disque-Denúncia. O motivo
apontado pelo denunciante seria o embargo de eventos na região. O informe
identifica três pessoas (pelos apelidos) como supostos autores.
Em documento do Departamento de Segurança Institucional do TJ-RJ, assinado em
24 de agosto de 2008 por um sargento da PM, ele informa que fez diligências em
Niterói, São Gonçalo e Maricá. O policial diz ter consultado órgãos de
inteligência dos batalhões da área e outros colaboradores sobre os alvos da
denúncia.
Foi constatado, segundo o documento, que um dos organizadores das festas é
dono de uma lavanderia em São Gonçalo. Informações atribuídas a colaboradores do
sargento responsável pela investigação considera que, nas festas, “é normal
encontrar pessoas com aparência de ter ingerido algum tipo de droga sintética”.
No texto, o investigador ressalta que não obteve informações de que o
organizador dos eventos fosse responsável pela venda de drogas nas festas.
O segundo homem identificado é um personal trainner e professor de dança, no
Rodo, em São Gonçalo. Um terceiro homem apontado na denúncia não foi
identificado porque tem o apelido muito comum. Por fim, o investigador conclui:
“com relação ao grau de periculosidade, segundo informações, não consta nada
digno de registro".
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