O
ministro da Agricultura, Wagner Rossi (PMDB), criticou a revista Veja, que na
edição desta semana traz uma reportagem afirmando que o político é acusado de
cobrar propina de R$ 2 milhões numa licitação e que ele participou da fraude que
resultou em oito toneladas de feijões jogadas no lixo. A publicação da Editora
Abril também informa que o peemedebista tem uma propriedade avaliada em R$ 9
milhões na cidade de Ribeirão Preto, interior de São Paulo.
Ouvir o outro lado
Em nota oficial divulgada no site do
ministério, Rossi diz que foi procurado por jornalistas da Veja e que respondeu
todos os questionamentos que lhe foram feitos, mas que nenhuma de suas
afirmações foram publicadas pela revista. “Ouvir o outro lado, um princípio
basilar do jornalismo, não existe para a revista Veja. Essa é mais uma campanha
orquestrada com interesses políticos”, reclamou o ministro.
“Isso não é
jornalismo. É assassinato de reputação. Vou pedir à Justiça o direito de
resposta”, completou Rossi. Ele também reproduz o que declara ser a íntegra das
repostas que foram enviadas, na última sexta-feira (12/8), à redação Veja. A
edição desta semana da revista chegou às bancas na manhã do dia seguinte ao
questionário que o político afirma ter respondido.
Lobby e queda de
secretário
A pasta comandada por Rossi já foi alvo de matérias da Veja, que
na penúltima edição afirmou que o empresário Júlio Fróes praticava lobby dentro
da pasta. A reportagem também repercutiu por outros dois motivos: a agressão do
suposto lobista a Rodrigo Rangel, editor da revista na sucursal de Brasília, e
pela saída do secretário-executivo do ministério, Milton Ortolan, que pediu
demissão ao se sentir “injustiçado e ofendido pelas suspeitas levantadas” pelo
veículo de comunicação.
Redator-chefe da Veja, e interinamente à frente
da direção da revista devido as férias de Eurípedes Alcântara, Mario Sabino foi
contatado pelo Portal comunique-se, mas ainda não posicionou-se a respeito das
afirmações do ministro da Agricultura.
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