Vinte e um carros de 39 vistoriados em cinco delegacias caíram em exigência, a maioria por pneus carecas, problemas com faróis e extintor de incêndio vencido
Blitz do Detran-RJ está deixando a Polícia Civil a pé. Vistorias
realizadas em cinco delegacias da capital terminaram com a reprovação de 21 das
39 viaturas inspecionadas. Pneus carecas, extintores de incêndio fora do prazo
de validade, além de setas e faróis queimados foram apenas alguns dos problemas
detectados na frota avaliada.
A pior situação foi verificada na 37ª DP (Ilha do Governador), onde todos os
seis veículos foram reprovados. Na 17ª DP (São Cristóvão), as duas viaturas
vistoriadas também não estavam adequadas.

Na 19ª DP (Tijuca), seis carros foram barrados. A maioria dos problemas
apresentados estava relacionada à parte elétrica dos veículos, que ficaram
alagados nas chuvas ocorridas no início do ano.
Seguindo cronograma definido em parceria com a Chefia de Polícia Civil, nesta
quarta-feira os vistoriadores do Detran-RJ estarão em outras quatro delegacias.
A previsão é de que as inspeções só terminem no dia 3 de setembro. Mais de 300
viaturas — caracterizadas ou não — de cerca de 40 delegacias serão
vistoriadas.Os carros da Polícia Civil são do Governo do Estado.
Segundo o Código de Trânsito Brasileiro, todos os veículos devem passar por
avaliação anual. Os que não forem aprovados não poderão circular, sob pena de
serem multados e rebocados.
Investigações podem ser prejudicadas
Reprovadas na blitz do Detran, as viaturas não poderão receber o Certificado
de Licenciamento e Vistoria (CRLV). Sem o documento obrigatório, os veículos
ficam impedidos de circular, o que pode inviabilizar o trabalho de investigação
dos policiais.
O início das inspeções pelo Detran foi publicado no Boletim Interno da
Polícia Civil. “Se as viaturas estão sendo reprovadas, não devem ser usadas
enquanto não forem reparadas ou substituídas, pois podem colocar em risco a vida
dos policiais e da população”, ressalta o diretor do Sindicato dos Policiais
Civis do Estado (Sindpol), inspetor Francisco Chao.
Procurada por O DIA, a Assessoria de Comunicação da Polícia Civil não
retornou às ligações para comentar o assunto.
Reportagem de Mahomed Saigg e Roberta
Trindade
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