Por volta de 23h30 de quinta-feira (25), pelo
menos três pessoas foram atropeladas por Mendes, que voltava para casa em sua
Pajero após um jantar com um amigo. Segundo relato de testemunhas, o
subsecretário apresentava sinais de embriaguez e não prestou socorro às vítimas,
versão contestada pelo advogado.
Na tarde desta sexta-feira (26), o
titular da Delegacia de Itaipu (81ª DP), Carlos Alexandre Leite Justiniano,
afirmou que o subsecretário de Estado de Governo da Região Metropolitana,
Alexandre Felipe Mendes, será indiciado por lesão corporal culposa caso a
vítima em estado mais grave não falecesse. Do contrário, poderia indiciá-lo por
homicídio culposo.
- A princípio vou indiciá-lo por lesão corporal
culposa, se a vítima mais grave se restabelecer. Se ela vier a falecer, posso
indiciá-lo por homicídio culposo.
Secretário confirma ter tomado vinho
Durante
depoimento, o subsecretário de Estado confirmou que havia tomado meia taça de
vinho. No entanto, o exame de sangue para verificar a quantidade de álcool
ingerida realizado pelo Posto Regional de Policia Técnico-Científica deu
negativo para qualquer bebida alcoolica.
Segundo o titular da 81ª DP,
meia taça pode estar dentro do limite permitido por lei. Embora o valor não
tenha sido divulgado, de acordo com a lei 11.705 (conhecida popularmente como
Lei Seca), para alcançar o valor-limite, basta beber três latas de cerveja, o
equivalente ao limite máximo aceito de 0,6 grama de álcool por litro de sangue.
Segundo o advogado de Mendes, seu cliente “sequer conseguia sair do
carro” porque ficou em estado de choque. Ele contou com a ajuda de um policial e
deixou o local com um amigo, que o levaria para um hospital. Mas, ainda de
acordo com a defesa, ele teria desistido de receber atendimento médico no meio
do caminho.
Na manhã desta sexta-feira (26), espontaneamente, Mendes e o
advogado foram à 81ª DP prestar esclarecimentos.
Em nota, o governo do
Estado informou que apenas uma pessoa havia sido atropelada e lamentou o
ocorrido, ressaltando ainda que "cabe ao secretário responder como todo cidadão
comum".
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