O novo
comandante-geral da PM no Rio

Por Sidney Rezende
Vem aí uma faxina na Polícia Militar do Rio de Janeiro. O
novo comandante geral da PM, coronel Erir Ribeiro Costa Filho, é um "fio
desencapado", segundo me disse um militar influente na história da
segurança pública do estado.
O coronel Erir não é de trazer equipe de fora. Ele trabalha
com o que se tem disponível e por isso espera muito do Chefe do Estado Maior
Operacional. Ele vai cobrar do Bope e vai cobrar dos militares dos batalhões de
choque, onde já foi comandante.
É o que podemos chamar de um policial
"operacional" e não do "núcleo de inteligência". O seu
antecessor, o coronel Mário Sérgio Duarte era do grupo mais intelectual da
polícia. Erir fala errado, é meio cascudo e não gosta que as coisas funcionem
diferentes do que planejou.
Ele já mandou a letra para os subordinados na entrevista
coletiva: "eles já têm ciência que serão sempre vigiados. E quando
conhecerem o nome do corregedor novo vai entender mais ainda o que queremos na
PM".
Outra coisa, o coronel Erir já comandou no 2o. Batalhão de
Policiamento, na zona oeste, e conhece bem como funcionam as milícias. Já atuou
no 4o. Batalhão, da Mangueira, e conhece bem como funciona o tráfico de drogas
nas favelas.
E conhece também o que significa bater de frente com
políticos. Quando o deputado Chiquinho da Mangueira pediu para o Batalhão da
Mangueira "pegasse mais leve", ele negou-se a rezar por esta
cartilha. E foi demitido em 2003 por se negar a se submeter a algo diferente dos
seus "princípios".
Vamos ver se o "fio desencapado" é mesmo o melhor
para o que o Rio precisa hoje.
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