Carlos Sepúlveda em 'Diário de Alexandria'
Havia
jardins, havia manhãs naquele tempo!!!
Carlos
Drummond de Andrade
de cavaleiro
sem balaclava
somente o
rosto criança, de Clara.
Clara que na
clara manhã
festejava o
verde do céu no gramado
e colecionava
asas de borboleta
entre os dedos
bordados da manhã.
E aurora havia
na clara manhã
de Clara, em
sua leveza de menina.
Eram todas as
cores
inclusive o
arco-íris de onde colhiam horrores.
Hoje, nos
novos tempos sem flores,
a inocência
explodiu sob as asas do avião,
naquela manhà
em que duas torres
esfacelaram
todas as manhãs.
11/09/2011
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