A expectativa é que as manifestações ocorram nas principais capitais do país
Parados há 17 dias, os bancários se reuniram com os patrões na noite
desta quinta-feira (13) para ouvir uma nova proposta, mas não houve
acordo. A reunião será retomada às 10h da manhã desta sexta-feira
(14). Portanto, a paralisação ingressará em seu 18º dia.
Para amanhã, também, a categoria manteve a programação de
protestos em todo o país. O Contraf (Comando Nacional dos Bancários)
anunciou na terça-feira (11) que iria fazer manifestações contra a
lucratividade das instituições financeiras nas principais capitais brasileiras.
De acordo com os
últimos dados do movimento, somente na região metropolitana de São
Paulo, quase 36 mil bancários continuavam de braços
cruzados. Mais de 758 locais de trabalho permaneceram fechados,
informou o Sindicato dos Bancários de SP, Osasco e região.
A paralisação já é a maior nos últimos 20 anos, superando o pico de 2010,
quando os bancários pararam 8.278 agências em todo país.
Os trabalhadores entraram em greve
no dia 27 de setembro, depois de rejeitar a proposta de reajuste de 8% feita
pela Fenaban (Federação Nacional dos Bancos) na quinta rodada de negociações,
que significa apenas 0,56% de aumento real.
Atendimento parcial
Apesar disso, a reportagem do R7 encontrou várias agências de bancos
privados funcionando normalmente e sem fazer qualquer menção à greve.
Todas elas, inclusive as dos bancos públicos que aderiram à parada, mantêm
caixas eletrônicos funcionando e atendimento telefônico.
A compensação bancária ocorre
normalmente e, em alguns casos, dá até para os clientes entrarem nas agências
para pagar contas e sacar dinheiro na boca do caixa.
Reivindicações
A categoria reivindica reajuste de
12,8% (5% de aumento real mais a inflação do período), valorização do piso,
aumento da PLR (Participação nos Lucros e Resultados), mais contratações, fim
da rotatividade, combate ao assédio moral, fim das metas consideradas abusivas,
mais segurança nas agências, igualdade de oportunidades e melhoria do
atendimento aos clientes.
Na última sexta-feira (7), a Fenaban
disse, por meio de nota, que “fez duas propostas completas visando a acordo com
os bancários e colocou-se à disposição do movimento sindical para tratar de
eventuais acertos que fossem necessários. Portanto, não há razão para que a
federação apresente nova contraproposta como querem os sindicalistas. O que se
espera, agora, é que sejam discutidos os ajustes que levem ao acordo”.
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