Presidente da empresa revelou que, no dia 7 deste mês,
técnicos da Petrobrás perceberam a mancha de óleo do vazamento e alertaram a
Chevron

O presidente da Chevron Brasil, George Buck, confirmou que o
vazamento de petróleo ocorreu numa parte do poço injetor sem revestimento,
pouco abaixo da sapata, onde termina a camada de revestimento, localizada a 567 metros de
profundidade do subsolo marinho. A extensão do poço a partir do subsolo é de 2.279 metros . A
profundidade total, do espelho d'água até o final, é de 3.329 metros .
Em sua primeira entrevista desde o acidente, o executivo
negou que a Chevron estivesse perfurando em profundidade acima da permissão que
tinha na concessão para explorar petróleo no Campo de Frade. Segundo ele, houve
um erro de cálculo na injeção de lama pesada no reservatório para elevar a
produção do óleo. "Nós subestimamos a pressão no reservatório. O peso da
lama foi programado para outra pressão", afirmou Buck. Ele revelou, ainda,
que técnicos da Petrobrás, que sobrevoaram a área de helicóptero no dia 7,
perceberam a mancha de óleo e alertaram a Chevron. A estatal brasileira opera
plataformas em áreas próximas, como a do campo gigante de Roncador.
O executivo classificou a segunda-feira, 14, como
"o pior dia", quando foi identificada uma mancha correspondente a 884
barris de óleo na superfície do mar. Isso ocorreu um dia depois de ter sido
introduzida uma quantidade de lama suficiente para interromper o fluxo do óleo
e iniciar a cimentação do poço. A lama injetada pela Chevron é um material
especial usado no processo de produção. O material é introduzido no
reservatório para facilitar a retirada do petróleo. Segundo Buck, com o peso do
material, a pressão do óleo foi muito forte e o produto subiu para a parte
aberta do poço injetor,de onde vazou. A empresa está, segundo ele, investigando
duas questões centrais: por que foi subestimada a pressão e por que houve o vazamento
no poço.
Com informações da Agencia do Estado
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