As irmãs foram baleadas dentro de casa. A
família tenta superar o trauma enquanto espera pelo tempo da justiça.
A audiência de instrução marcada para a tarde desta terça
(29) em São Pedro da Aldeia é mais um passo rumo ao julgamento de Daiana
Oliveira, acusada de tentar matar as filhas gêmeas.
Vê-las juntas de novo é um alívio. Uma delas ficou com a
bala alojada perto dos rins, mas está bem. A irmã teve várias
complicações. Foram quatro meses de idas e vindas ao hospital. O tiro atingiu a
coluna. Agora, faz fisioterapia para reaprender a controlar os movimentos da
perna.
As irmãs foram baleadas dentro de casa, em São Pedro da
Aldeia. A mãe, Daiana de Oliveira, de 24 anos, chegou a dizer que um bandido
havia entrado, atirado nas duas e depois, usado uma facada para machucá-la,
versão que perdeu força com as investigações. A polícia encontrou mensagens no
celular de Daiana, enviadas para o ex-marido, que é pai das gêmeas. Ela
ameaçava matar as crianças, na época, com um ano e sete meses. Além disso, a
perícia identificou que uma das balas saiu do revólver do pai de Daiana. Ela
foi presa dois dias depois e encaminhada para o presídio de Magé e, em seguida,
transferida para o de Bangu.
A mãe das crianças continua presa. O julgamento dela começa
nesta terça-feira (29). Até que saia a sentença, a família pretende acompanhar
tudo de perto. A mãe é acusada de tentativa de homicídio qualificado contra as
gêmeas e o pai das meninas é uma das testemunhas de acusação.
Já se passaram sete meses desde aquele 25 de abril. O pai
está com a guarda provisória. A família tenta superar o trauma enquanto espera
pelo tempo da justiça.
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