Lupi, o mentiroso

O ministro Carlos Lupi (Trabalho) deixou hoje (4) o governo
federal após denúncias de irregularidades em convênios firmados pela pasta com
ONGs.
Segundo reportagem da revista "Veja", assessores
do ministro foram acusados por dirigentes de ONGs de cobrar propina para
resolverem pendências dessas entidades com o ministério.
A situação do ministro se agravou com a divulgação de
imagens que contrariam a versão de que ele não teria usado, em 2009, um avião
providenciado por dono de ONGs com convênios com a pasta.
Depois, a Folha publicou que de 2000 a 2005 Lupi era assessor-fantasma da liderança do PDT na Câmara dos
Deputados em Brasília. Hoje, reportagem do jornal revela que o pedetista acumulou ilegalmente
cargos em Brasília e no Rio.
Na última quarta-feira (30), a Comissão de Ética da
Presidência recomendou a exoneração de Lupi, após entender
"que ele não tinha explicado a base das acusações, que era a série de
convênios irregulares firmados com pessoas do seu partido", afirmou
Sepúlveda Pertence, presidente da Comissão.
Dos 37 ministros, a presidente Dilma Rousseff já perdeu sete
desde o início de seu governo, em janeiro, sendo seis acusados de
irregularidades --além de Lupi, Alfredo Nascimento (Transportes), Wagner Rossi
(Agricultura), Pedro Novais (Turismo), Antonio Palocci (Casa Civil) e Orlando
Silva (Esportes).
Outro a deixar o cargo, mas continuar no governo, foi Luiz
Sérgio (Relações Institucionais), realocado no Ministério da Pesca. Ele foi
substituído por Idelli Salvatti, antes titular da Pesca.
Já Nelson Jobim (Defesa) deixou o governo após desavenças
com Dilma e declarações de que havia votado em José Serra (PSDB) na eleições
presidenciais.
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