Madri (Espanha) - O livro "Comprender y sanar la
homosexualidad" ("Compreender e curar a homossexualidade", em
tradução literal), do psicoterapeuta Richard Cohen, foi retirado da livraria
virtual de uma grande cadeia espanhola de
lojas de departamento diante da avalanche de protestos. A Federação Andaluza de
Associações LGTB (lésbicas, gays, transexuais e bissexuais) afirmou nesta
terça-feira em comunicado que o grupo El Corte Inglés retirou o livro de sua
livraria virtual, embora ainda permaneça em suas lojas.
Segundo
essa organização, a empresa também pediu desculpas nas redes
sociais às pessoas que se sentiram "ofendidas" pelo livro. Cohen, que
diz ter "curado" durante os últimos quinze anos a
"milhares" de homens e mulheres que sentiam atração por pessoas do
mesmo sexo, escreveu o livro a partir de sua própria experiência pessoal, já
que garante que, após ser homossexual "durante décadas", voltou a ser
heterossexual.
"Se
estamos decididos, contamos com o amor de Deus e o apoio de outras pessoas, a
cura é possível", ressalta Cohen em entrevista publicada no site da
editora que traduziu o livro para o espanhol. A decisão de retirar o livro de
sua loja virtual foi tomada pelo El Corte Inglés após conhecer os protestos que
sua venda suscitou na internet após uma iniciativa da Actuable, uma
comunidade online de pessoas e organizações "que unem esforços para lutar
contra as injustiças".
Em
apenas três horas, segundo informou hoje em comunicado esta plataforma de
ativismo, mais de quatro mil pessoas expressaram sua "indignação"
pela venda do livro. Para a Federação Andaluza de
Associações LGTB, a retirada do livro é uma "vitória do ativismo".
"Foram
de grande ajuda as ferramentas das novas tecnologias da informação e
comunicação, que permitiram uma pronta e decisiva atividade por parte
doscidadãos", destacou esta organização em comunicado.Na opinião da
organização, o livro pode provocar "não só a desinformação radical sobre a
própria classe LGTB, mas uma clara ameaça para os jovens homossexuais e
transexuais e suas famílias baseada nos tão condenados e temidos tratamentos
reparadores".
As informações são da EFE
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