Já está valendo o novo salário mínimo — reajustado por
decreto presidencial de R$ 545 para R$ 622, desde domingo (1º). O valor,
entretanto, só entrará na conta dos trabalhadores em fevereiro, quando é
depositado o salário referente ao mês de janeiro.
A previsão é que o novo piso possa injetar R$ 47 bilhões na
economia do país no próximo ano, segundo a estimativa do Departamento
Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese). Pelo menos 48
milhões deverão ser beneficiadas com o reajuste.
Considerando o valor de R$ 545,00, vigente desde março de
2011, o salário-mínimo apresentou variação nominal de 14,13%, o que representa
aumento real de 9,20% entre março de 2011 e janeiro de 2012, de acordo com o
Dieese. A arrecadação de impostos sobre o consumo terá um incremento de R$ 22,9
bilhões, por causa dos R$ 77 adicionados ao salário-mínimo. Apenas para
empregados domésticos com carteira assinada que ganham um salário-mínimo, por
exemplo, o aumento vai acrescentar R$ 5,08 bilhões de renda extra para 2012,
segundo cálculos do Dieese. Cerca de 5 milhões de trabalhadores dessa categoria
serão beneficiados.
No entanto, os gastos com a Previdência Social serão bem
maiores. Ainda de acordo com o Dieese, o acréscimo de cada R$ 1 no
salário-mínimo tem um impacto estimado em R$ 257 milhões ao ano sobre a folha
da Previdência Social. Por isso, o custo adicional à Previdência por ano será
de cerca de R$ 19,8 bilhões.
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