
CELSO CALHEIROS
Uma
carta íntima foi publicada por engano no Diário Oficial do
Tribunal Regional do Trabalho da 13ª região na Paraíba, na edição do dia 16 de
fevereiro. O texto fala em triângulo amoroso, encontros e desencontros, e foi
publicado na página 17 do documento, onde deveria estar o despacho para a
"exclusão de dados da massa falida Dom Vital Transportes". Nesta
terça-feira, o presidente do TRT, desembargador Paulo Maia Filho, publicou uma
nota na qual esclarece o ocorrido.
Na
carta, a autora descreve com detalhes uma relação na qual se viu traída. Ela
teria notado que uma colega de trabalho também se relacionava com o
destinatário do texto. "Eu não sabia, mas incrivelmente, por intuição, de
repente, percebi. E que bom que você confirmou! Aprecio a sua honestidade,
ainda que tardia."
Passagens
mais íntimas também estão no texto publicado no Diário Oficial. "Não sou puritana, não sou
moralista, adoro sexo, sempre gostei demais de fazer sexo com você." Em
outro trecho, a autora anuncia o fim da relação. "Eu aceitei estar com
você sabendo que tinha uma namorada, mas conviver com você e ela não deu para
mim. Deu para você, como agora deu novamente conviver comigo e uma terceira
pessoa quase da minha intimidade."
Na nota
de esclarecimento publicada, o presidente do TRT informa que foi aberto
inquérito na comissão permanente de processo administrativo disciplinar do
tribunal. Além disso, ele acrescenta que a funcionária da 2ª Vara do Trabalho
de João Pessoa, que escreveu o texto pediu exoneração.
A nota
também esclarece que o texto foi publicado no Diário Nacional da Justiça do
Trabalho, gerido pelo Tribunal Superior do Trabalho, e que as
publicações não podem ser suprimidas ou alteradas. "É importante informar
à sociedade que o teor da carta não revela a prática de nenhum ilícito, nem
causou prejuízo às partes do processo, mas tão somente fatos da vida pessoal de
uma servidora, que no seu histórico funcional não registra ocorrências que
maculem a sua dignidade", finaliza o comunicado.
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