O número ainda pode aumentar, pois o CPJ ainda
analisa outras 35 mortes, também registradas em 2011
Pelo menos 46 jornalistas foram assassinados em 2011 no mundo todo, denunciou
nesta terça-feira (21) no Cairo o CPJ (Comitê para a Proteção dos
Jornalistas), que destacou o aumento da censura governamental através das novas
tecnologias.
Em
entrevista coletiva para apresentar o relatório anual sobre os ataques à
imprensa, o subdiretor do CPJ, Robert Mahoney, afirmou que as tentativas para o
controle da informação se evidenciaram especialmente em países árabes como a
Síria, que viveram revoltas populares.
O CPJ, por
sua vez, não descarta que esse número possa aumentar, já que estão investigando
outras 35 mortes, também registradas em 2011. A ideia é apurar se esses casos estiveram
relacionados com o trabalho jornalístico.
Além
disso, o CPJ identificou 179 escritores, editores e fotógrafos presos até 1º de
dezembro de 2011 no mundo, o que representa um aumento de 34% com relação ao
ano anterior, segundo o relatório.
O texto destaca
que entre esses profissionais, 42 se encontram em prisões no Irã ,
onde as autoridades desenvolvem uma campanha de intimidação contra a imprensa,
iniciada após as últimas eleições presidenciais.
O
responsável do CPJ ainda denunciou que 19 jornalistas foram assassinados em
2011 no Oriente Médio, frente aos seis de 2010, e chamou a atenção sobre a
situação destes profissionais na Síria.
Nesse
país, durante as rebeliões contra o governo de Bashar al Assad, quatro
jornalistas foram assassinados no último ano, enquanto as autoridades recrutam
técnicos para utilizar todo tipo de tecnologias para espionar e perseguir os
jornalistas.
Segundo
Mahoney, em outros países, como o Egito, houve um aumento significativo dos
meios de comunicação que passaram a ser acompanhado por parte das autoridades.
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