
A Confederação dos
Municípios diz que o impacto do aumento para as prefeituras será de R$ 7
bilhões. E que 30% dos prefeitos já não estão conseguindo pagar o salário
atual.
Prefeitos de todo o
Brasil reunidos em Brasília pediram, ontem (28), mais dinheiro do
Governo Federal para pagar o novo piso nacional dos professores.
E eles também querem
mudar a forma de calcular os aumentos de salários da categoria.
Segundo a Confederação
Nacional de Municípios, e representantes de 16 governos estaduais, 700
prefeitos foram ao Congresso pressionar pela aprovação de uma lei que mude o
reajuste do piso salarial dos professores.
Eles querem a aprovação
de um projeto na câmara, que fixa o reajuste de acordo com o INPC, índice que
mede a inflação. Bem diferente do reajuste atual, definido pela lei do piso.
De acordo com a lei, o
reajuste do piso nacional do Magistério será de 22% em 2012. Com isso, o
professor, com carga de 40 horas semanais, não poderá ganhar menos de R$ 1.451.
A Confederação dos
Municípios diz que o impacto do aumento para as prefeituras será de R$ 7
bilhões. E que 30% dos prefeitos já não estão conseguindo pagar o salário
atual.
“A solução é o governo
repensar e dizer se quer a qualidade no ensino e quer melhorar a educação no
país, é primeiro lugar botar dinheiro na educação, que não tem”, afirma Paulo
Ziukoski – presidente da Confederação Nacional dos Municípios.
O Ministério da Educação
afirma que tem aumentado os repasses para estados e municípios. Reconhece que o
reajuste pode pesar para algumas prefeituras, mas diz que é preciso recuperar o
salário dos professores.
“A lei é pra valer, ela
é uma exigência constitucional, ela já existe desde meados de 2008 e é
fundamental que o Brasil entenda que nós precisamos fortalecer a carreira do
professor, valorizar o professor no Brasil se nós quisermos ter educação de
qualidade”, analisa o ministro da Educação Eloizio Mercadante.
Para os professores, os
prefeitos precisam gastar melhor o dinheiro que tem. “Eles precisam é fazer as
contas melhor, provar que gastam com educação aquilo que constitucionalmente é
obrigatório, coisa que eles não conseguem provar na maioria dos estados e
municípios”, afirma Roberto Leão – da Confederação dos Trabalhadores em
Educação.
G1
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