
50% das empresas pretendem elevar investimentos em capital
fixo no ano que vem, enquanto 15% pretendem reduzi-los

32% das empresas prevê que investimentos vão crescer entre
5,1 e 10 por cento no ano que vem, segundo a FGV
As empresas planejam elevar os investimentos em 2013 após um número maior do que
esperado ter reduzido neste ano os desembolsos em capital fixo, mostrou a
Sondagem de Investimentos da Fundação Getulio Vargas (FGV) divulgada na quinta-feira.
A retração nos investimentos tem limitado a expansão do
Produto Interno Bruto (PIB) e o governo vem adotando medidas para estimular os
gastos das empresas para tentar acelerar o ritmo de crescimento da economia.
De acordo com a FGV, cresceu o número de empresas que
programam aumentar os investimentos em capital fixo em 2013 para 50 por cento
do total, contra 43 por cento em 2012. Do total, 15 por cento projetam redução,
contra 28 por cento em 2012.
O resultado é também melhor que as previsões feitas no final
do ano passado em relação a 2012, quando 50 por cento das empresas esperavam
aumentar os investimetos e 17 por cento previam reduzir.
"As empresas estão otimistas. Há expectativa de
correção no investimento por ter havido uma postergação esse ano", afirmou
o economista da FGV, Aloisio Campelo. Apesar disso, o percentual de empresas
que projetam expandir os investimentos em 2013 ainda está abaixo de 2011,
quando 54 por cento reportaram aumento e 20 por cento queda.
A pesquisa mostrou ainda que a maior parte, 32 por cento,
prevê crescimento nos investimento entre 5,1 e 10 por cento. Uma alta superior
a 20 por cento foi projetado por 26 por cento das empresas. Expansão entre 10,1
e 20 por cento foi prevista também por 26 por cento dos informantes.
A Formação Bruta de Capital
Fixo registrou a quinta retração trimestral seguida no período de julho a
setembro, ao cair 2 por cento. Essa foi a queda trimestral mais forte desde o
primeiro trimestre de 2009, quando despencou 11,9 por cento por conta do auge
da crise internacional. O desempenho ruim dos investimentos afetou o PIB no
terceiro trimestre, que cresceu apenas 0,6 por cento.
Segundo a FGV, há perspectiva
de mais investimentos nos segmentos de duráveis, não duráveis e bens de
capital, em contraste com o segmento de intermediários, com previsão menos
otimista para 2013. "Como há perspectiva de aceleração da economia, há
espaço para recuperar os investimentos em bens de capital", afirmou
Campelo. "Mas os bens intermediários tem sofrido com produtos importados",
emendou.
O levantamento mostrou que 71
por cento das empresas esperam ampliar a receita dos seus negócios no ano que
vem contra o número de 69 por cento neste ano. Em 2013, segundo o levantamento,
apenas 6 por cento dos empresário devem reduzir a receita ao passo que a
previsão para 2012 era de 8 por cento.
A pesquisa teve a participação
de 936 empresas, responsáveis por vendas de 561 bilhões de reais, segundo a
Fundação.
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