Moradora de Cabo Frio, mãe luta há quatro anos para que polícia identifique os assassinos de seu filho

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Há quatro anos, Maria da Conceição Teixeira Soave, de 60, tem a mesma rotina. Pelo menos uma vez por mês, ela pega um ônibus em Cabo Frio, na Região dos Lagos, onde mora, e segue em direção ao Rio. Durante o trajeto de 153 quilômetros, Maria sonha com uma única coisa. Ela pede que Deus ajude à polícia a identificar os assassinos do seu filho, o comerciante Sérgio Teixeira Soave, morto a tiros em 2010, na porta de casa, na Tijuca, Zona Norte do Rio.
Maria vai à Divisão de Homicídios, na Barra da Tijuca, e à 19ª DP (Tijuca), para saber se os policiais que investigam o caso chegaram aos autores do crime. Até agora, Maria não conseguiu ouvir a resposta que queria.
— Já perdi a conta de quantas vezes vim ao Rio. Já chorei tudo o que tinha que chorar. Tenho fé que terei uma solução para esse bárbaro crime. Peço a Jesus para me dar uma pista e me enviar uma resposta. Quero saber por que meu filho morreu. Gostaria de ver preso quem o matou, mas tenho medo que o caso fique parado — disse Maria da Conceição.
A moradora de Cabo Frio disse que, recentemente, o caso foi transferido da Divisão de Homicídios para a 19ª DP (Tijuca).
— Não sei por que isso aconteceu — desabafa a mãe de Sérgio, que tinha 37 anos quando foi assassinado.Sérgio Soave foi morto na noite de 12 de setembro de 2010. Por volta das 20h, após receber um telefonema, o comerciante desceu as escadas do prédio onde morava, na Rua Conde de Bonfim.
Ele levava uma mochila e foi até onde estava estacionado o seu carro, próximo ao edifício. Quando guardava o objeto no porta-malas, um veículo não identificado emparelhou com seu automóvel. Um homem que estava no volante fez o primeiro disparo. Sérgio ainda tentou se esconder, mas foi atingido pelo menos duas vezes, na barriga e no rosto.
Levado para o Hospital do Andaraí, ele não resistiu aos ferimentos.
— Meu filho era uma pessoa tranquila. Um conhecido chegou a dizer que ele estaria confeccionando caça-níqueis, mas ninguém provou isso. Na minha opinião, a morte dele está relacionada a alguma mulher. Ele era alto e muito bonito. As mulheres viviam dando em cima dele — disse Maria da Conceição.
Uma das linhas de investigação do inquérito que apura o caso é a de que Sérgio foi vítima de crime passional. Apesar disso, outras hipótese não foram descartadas pela polícia.
Caso foi transferido para distrital
A Polícia Civil confirmou, por meio de nota, que a apuração da morte do comerciante Sérgio Teixeira Soave foi transferida da Divisão de Homicídios para a 19ª DP (Tijuca). Segundo a polícia, 30 dias após extinguidas todas as diligências possíveis, o inquérito pode ser encaminhado para a delegacia da área onde ocorreu o crime, para essa unidade dar prosseguimento às investigações.
A nota diz que, como a especializada é responsável pela investigação de todos os homicídios da capital, a distrital tem maior disponibilidade para continuar a apurar o caso. Segundo o documento, vale ressaltar que a DH continuará auxiliando nas investigações.
Surgindo uma nova informação, o procedimento poderá ser devolvido à especializada, caso seja necessário.
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