A Oi vem desde junho do ano passado com um plano de
recuperação judicial. A pedido da própria empresa, o plano de recuperação da Oi
passa a contar com a colaboração da justiça brasileira. Sendo assim, com a
interferência da justiça, a renegociação das dívidas a companhia passa então a
ter a chance de contar com juros mais baixos e não precisa vender seus ativos
para quitar suas dívidas, permanecendo ativa para pagar o que deve, porém
sem distribuição de lucros entre os investidores.
O
grande impasse neste caso da Oi é que os representantes da companhia não
conseguem chegar a um consenso com os representantes da justiça para elaboração
de um plano de recuperação. Sendo assim, a Advocacia Geral da União decidiu
interferir no processo juntamente com a Anatel para tentar solucionar o
problema. Em novembro, devem se reunir para tentar elaborar um novo plano de
recuperação.
A Oi já é considerada a empresa
brasileira com maior dívida da história, ela deve atualmente cerca de R$ 64
bilhões. Com isso, já surgiram ofertas para compra da companhia, vinda de uma
operadora chinesa que teria interesse em iniciar suas operações no Brasil. No
entanto, não se tem informações se a negociação foi fechada ou não.
Dívida
Tudo começou quando a Oi decidiu comprar
em 2010 a Brasil Telecom, após a conclusão
do negócio descobriu que a companhia contava com uma dívida enorme. Logo após,
a Oi então tentou fazer uma fusão com a Portugal Telecom em 2014, e pela
segunda vez, após finalizar o negócio, identificou uma dívida gigantesca, porém
desta vez em euros. Com isso, em 2016, a Oi passou a pedir a recuperação
judicial, e desde então vem tentando solucionar o problema das más aquisições
que somaram uma dívida de bilhões.
Cerca de 2.051 municípios brasileiros
ficariam sem telecomunicação
Um
levantamento oficial feito pelo governo federal revelou que em caso de falência
da Oi, cerca de 2.051 municípios brasileiros ficariam sem telecomunicação, ou
seja, sem acesso à internet e sem telefone, pois os únicos concorrentes que
existem nestas regiões alugam a infraestrutura da Oi para fornecer os serviços
aos clientes.
Segundo o levantamento, caso a Oi não
consiga solucionar o problema com suas dívidas e venha a decretar falência,
deixarão de existir 46 milhões de linhas de telefone celular, 14 milhões de
telefones fixos e cerca de 5 milhões de acessos à internet via cabo no país.
Com certeza será um grande impacto no
setor de telecomunicações e o governo demonstra a sua preocupação com a
possível falência, sendo que a grande maioria das operadoras brasileiras
dependem da estrutura da companhia para atender os clientes em determinadas
regiões do país.
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